segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Petrarca: o pai do renascimento (1304 – 1374)
Petrarca foi criado na Provença, devido ao exílio do seu pai. Era humanista, através da leitura de antigos manuscritos, nos quais ele procurava novos modelos para suas obras, declarou-se com os autores da antiguidade clássica que foram fonte de inspiração para o estudo do conhecimento do homem e da natureza. Petrarca recriou uma ideia de latinidade clássica, iniciando a recuperação e a revisão de textos antigos que foi continuada no início do século XV. Esta tarefa foi executada com tal entusiasmo que, especialmente no caso da literatura em latim, já se encontrava virtualmente completa no primeiro quartel do século XV com a geração de Poggio Bracciolini (1380-1459), um dos mais bem sucedidos descobridores de manuscritos clássicos encerrados nas bibliotecas monásticas.

O Ideal do homem renascentista

Durante a antiguidade prevaleceu um conceito estático do homem; as suas potencialidades eram limitadas tanto na vida social como na individual. O seu ideal apresentava limites concretos. A ideologia cristã medieval dissolveu, no sentido terreno, estes limites. O início e o final do processo histórico passaram a ser o pecado original e o Juízo Final. Os homens renascentistas eram considerados com uma grande sabedoria. A mente do homem renascentista como um momento vida e aberto as interrogações do inusitado e do fantasioso ao mesmo tempo em que sua alma era movida por um estado de atracção e fascínio. Era um sentimento especulativo a qual atingia todas as classes sociais. Por outro lado, a expansão dos horizontes e de suas possibilidades á linha do mar impulsionava, com maior potência, a marca do comércio e do lucro ao passo das descobertas de novos continentes.
A arte renascentista em Portugal

A arte em Portugal: o estilo manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas
O renascimento é um fenómeno contemporâneo dos Descobrimentos e desenvolveu-se em íntima ligação com a empresa ultramarina nacional. A arte renascentista só tardiamente chega a Portugal e, de início, apenas através de elementos decorativos associados às estruturas do gótico final. No nosso País, porém, este estilo desenvolveu características ornamentais próprias, definindo entre finais do século XV e inícios do século XVI, uma arte frequentemente denominada como manuelino.

A arte do renascimento penetrou em Portugal como forma ornamental associada à arquitectura da última fase do gótico.Com efeito, os elementos decorativos renascentistas arabescos, grotescos, medalhões, aparecem a decorar formas arquitectónicas essencialmente góticas. Uma outra particularidade é que foram introduzidos por artistas estrangeiros, biscainhos e galegos na região Norte do País, franceses e, mais tarde, italianos, nas regiões Centro e Sul, em particular, em Coimbra, Tomar, Lisboa, Évora e Portalegre, ou por nacionais educados no estrangeiro, como Francisco da Holanda (1517-84), artista, historiador e critico de arte, que teve um papel importante na difusão das novas ideias.

Leandro nº11
Ana Luísa nº 3